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terça-feira, 10 de setembro de 2013

Biblioteca | Os Jogos da Fome

Título: Os Jogos da Fome
Autora: Suzanne Collins
Género: Ficção / Ação / Romance 
Avaliação:  (excelente)

Sinopse: Num futuro pós-apocalíptico, surge das cinzas do que foi a América do Norte Panem, uma nova nação governada por um regime totalitário que a partir da megalópole, Capitol, governa os doze Distritos com mão de ferro. Uma anterior revolta fracassada dos Distritos contra o capitol resultou num acordo de rendição em que todos os Distritos se comprometeram a enviar anualmente dois adolescentes para participar nos Jogos da Fome - um espectáculo sangrento de combates mortais cujo lema é matar ou morrer. No final, apenas um destes jovens escapará com vida… Katniss Everdeen é uma adolescente que se oferece para substituir a irmã mais nova nos Jogos, o que a obrigará a escolher entre a sobrevivência e a solidariedade. Conseguirá Katniss conservar a sua vida e a sua humanidade? 

Opinião: Depois de ter lido um livro tão cansativo como o Comer, Orar, Amar, cheguei a questionar-me se afinal gostava mesmo de ler. Os Jogos da Fome retiraram-me essa ideia ao primeiro capítulo que li. É um livro emocinante. Dei por mim a chorar e a rir. O ritmo do meu coração muitas vezes acelerou e as minhas mãos muitas vezes transpiraram. É um livro muito descritivo, mas uma descrição que não se torna cansativa mas que nos leva para um mundo aparte. Não houve nenhuma citação que valesse a pena sublinhar uma vez que não existem parágrafos e parágrafos de pensamentos fatigantes. Não há grandes filosofias. Está sempre a acontecer alguma coisa, há sempre ação. É difícil parar de ler. Aconselho vivamente. Mal posso esperar por ler o próximo da saga.



quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Biblioteca | Comer, Orar, Amar

Título: Comer, Orar, Amar
Género: Drama / Romance / Aventura
Avaliação: (mediano)

Opinião: Não há melhor maneira de resumir este livro se não transcrever o título. De facto a autora fala demasiadamente de comida, exagerada e exaustivamente de meditação e de Deus e,  intensamente de sexo
Não é a toa que eu, devoradora de livros, demorei mais de meio ano a lê-lo. Lia um capitulo, cansava-me, parava de ler e só tocava nele uma semana depois.  A verdade é que este livro tornou-se demasiado cansativo pela persistência de assuntos. Ora eram páginas a falar daquela pizza maravilhosa ora eram  páginas a falar da dificuldade que tinha em meditar. 
Mas, é claro, houveram partes deste livro muito interessantes das quais gostei bastante e que me ensinaram coisas. Como por exemplo:

  • a origem da língua italiana: ao contrário do habitual, em que a língua falada na cidade mais importante foi-se tornando a língua do país, o italiano é essencialmente o italiano de Dante. Passo a explicar, durante séculos, os italianos falavam e escreviam dialetos locais completamente diferentes uns dos outros. Só no século XVI, se decidiram a encontrar uma língua comum. Um grupo de intelectuais decidiu selecionar o dialeto local mais belo e designá-lo de italiano. Como consideravam que o dialeto local mais belo era o de Florença, passaram a consideram de italiano a linguagem pessoal utilizada por Dante Alignieri na sua obra Divina Comédia (1321) uma vez que, para contar a sua história, Dante utilizou a verdadeira língua florentina falada nas ruas pelos residentes da sua cidade;

  • algumas palavras/expressões italianasattraversiamo - vamos atravessar, bel far niente - beleza de não fazer nada, parla come magni - di-lo como comes (expressão que, quando estamos à procura de palavras certas e a dar uma grande explicação, serve para nos lembrar que devemos manter a linguagem tão simples como a comida romana. Não façam uma grande produção, limitem-se a pô-la na mesa.), sei una trottola - pareces um pião, insoddisfatte 6 donne su 10! - seis em cada 10 italianas estão sexualmente insatisfeitas,

  • que não há um edifico em Nápoles que não  tenha uma velhinha encarquilhada à janela, a espreitar desconfiada o movimento da rua;

  • que Veneza é uma cidade misteriosa, estranha, malcheirosa, fantasmagórica e melacólica. A autora considera que Veneza é maravilhosa para  morrer de uma morte lenta e alcoólica e que podemos admirá-la mas não queremos viver dentro dela. Acrecenta ainda que os edifícios parecem ranger e gemer de dor;

  • que todas as cidades/países têm uma palavra/expressão que corresponde ao pensamento da maioria. Por exemplo, Roma - SEXO, Vaticano - PODER, Nápoles - LUTAR, Nova Iorque - REALIZAR, Los Angeles - TER ÊXITO, Estocolmo - CONFORMAR-SE;

  • que um dos sinais de que a meditação está a ser bem executada é se um pássaro pousar na nossa cabeça;

  • que em Bali, existem apenas quatro nomes que a maioria da população dá aos seus filhos, seja rapaz ou rapariga, Wayan, Made, Nyoman e Ketut. Traduzem-se em, Primeiro, Segundo, Terceiro e Quarto. Assim, o quinto filho chamar-se-á Wayan II;

  • que em Bali, o mais importante é o dia da semana em que se nasce e não o dia, mês e ano;

  • como ter o cabelo mais espesso, segundo a curandeira Wayan: encontrar uma bananeira, cortar o topo da árvore e deitá-lo fora, escavar o troco e as raízes, tapar o buraco, esperar uns dias, voltar para recolher o liquido da raiz da bananeira, levar a uma curandeira para abençoá-lo, esfregá-lo todos os dias na cabeça;

  • que, dada a elevada taxa de natalidade na Indonésia, o governo passou a oferecer motas aos homens que se oferecessem para fazer uma vasectomia.


Citações:

"Se quiseres mesmo conhecer alguém, tens de te divorciar dessa pessoas!" - The New Yorker Magazine

"(...) senti que viajar valia qualquer sacrifício." - Elizabeth Gilbert

"Sem ver a Sícilia, é impossível ter uma ideia clara do que é a Itália" - Goethe

"Isto é perfeito, aquilo é perfeito, se ao perfeito tiráramos o perfeito, o perfeito subsistirá" - conclusão d' A Extraordinária Graça do Sânscrito

"Estamos sempre a remexer no passado ou a espiar o futuro, mas raramente descansamos no presente." - Elizabeth Gilbert

"Perder o equilibrio às vezes, por causa do amor, faz parte de viver uma vida equilibrada." - curandeira Wayan